Embora a prisão seja apontada como espaço de reeducação e
ressocialização do homem privado de liberdade, ao construir uma experiência no
exercício autoritário do poder e da dominação, ela acaba por constituir-se, em
uma organização cujas relações se socializam na delinquência.
Entre o discurso oficial e o modo de vida pelas práticas de
ressocialização próprias da prisão embora se pretenda a humanização do
tratamento, incluindo-se neste a educação escolar, as técnicas adotadas põem à
mostra seu lado reverso. Os professores participantes da pesquisa, um estudo de
caso, que se desenvolveu em presídio masculino, do interior do estado de São
Paulo/Br., mostram ter clareza de que a meta da reabilitação tem permanecido,
no nível verbal, e evidenciam através de suas falas, que o elemento fundamental
da eficácia de seu papel reside no processo de resgate da liberdade, e a escola
é uma das instituições que melhor cumpre a tarefa de oferecer possibilidades
que libertam e unem, ao mesmo tempo.
Embora o quadro que se apresenta não seja alentador, dada à
falta de transparência das organizações penitenciárias, entre o discurso
oficial e o modo de vida instaurado no espaço prisional que dificultam
possíveis melhorias, alguns passos podem ser dados, visto que muitos dos
problemas existentes no interior da escola das unidades prisionais têm
semelhanças com os de outros espaços escolares.
Referências: http://www.ufrgs.br/edu_realidade/
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