terça-feira, 15 de outubro de 2013

Educação na Prisão

Embora a prisão seja apontada como espaço de reeducação e ressocialização do homem privado de liberdade, ao construir uma experiência no exercício autoritário do poder e da dominação, ela acaba por constituir-se, em uma organização cujas relações se socializam na delinquência.
Entre o discurso oficial e o modo de vida pelas práticas de ressocialização próprias da prisão embora se pretenda a humanização do tratamento, incluindo-se neste a educação escolar, as técnicas adotadas põem à mostra seu lado reverso. Os professores participantes da pesquisa, um estudo de caso, que se desenvolveu em presídio masculino, do interior do estado de São Paulo/Br., mostram ter clareza de que a meta da reabilitação tem permanecido, no nível verbal, e evidenciam através de suas falas, que o elemento fundamental da eficácia de seu papel reside no processo de resgate da liberdade, e a escola é uma das instituições que melhor cumpre a tarefa de oferecer possibilidades que libertam e unem, ao mesmo tempo. 
Embora o quadro que se apresenta não seja alentador, dada à falta de transparência das organizações penitenciárias, entre o discurso oficial e o modo de vida instaurado no espaço prisional que dificultam possíveis melhorias, alguns passos podem ser dados, visto que muitos dos problemas existentes no interior da escola das unidades prisionais têm semelhanças com os de outros espaços escolares.

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