segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sareh




O serviço ocorre em hospitais que atende estudantes de escolas municipais e estaduais temporariamente internados por causa de doenças ou acidentes. As aulas também podem dadas na casa do aluno, em tratamento de saúde. Três professores e um pedagogo estão disponíveis para cada entidade conveniada, que cede um espaço pedagógico para as aulas. “O convênio dá oportunidade de os alunos continuarem com as aulas e com o vínculo com a escola”, explicou a diretora do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Walquiria Onete Gomes. Ela afirma que o Sareh contribui para a melhoria clínica do paciente, porque estabelece um projeto de vida além da doença. AMPLIAÇÃO – Em três anos, a Secretaria da Educação ampliou o número de alunos beneficiados com o serviço. Entre 2007 e 2010, foram feitos mais de 40 mil atendimentos em hospitais e 20 professores atendiam nas casas dos alunos. Somente no ano passado foram quase 30 mil atendimentos e perto de 600 professores ensinaram alunos em casa. “A atual política estadual está sensibilizada para a oferta desse serviço, uma vez que passamos de oito convênios, entre 2007 e 2012, para atuais 17 convênios”, ressaltou Walquiria Gomes.


 Referências: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=75446

MST

Educação: Uma bandeira histórica do MST
Desde a 1984, além das ocupações de terra e marchas para pressionar pela reforma agrária no país, o MST luta pelo acesso à educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis para a população do campo. Em toda a sua história, foram conquistadas aproximadamente 2 mil escolas públicas nos acampamentos e assentamentos em todo país, abrindo as portas do conhecimento para 160 mil crianças e adolescentes Sem Terra.
Também foram formados mais de 4 mil professores.Nos últimos anos, foi desencadeado um trabalho de alfabetização de jovens e adultos, que envolve a cada ano 2 mil educadores e mais de 28 mil educandos. Mais de 50 mil pessoas já aprenderam a ler e escrever no MST, que defende que a escola esteja onde o povo está e, conseqüentemente, os camponeses têm o direito e o dever de participar da construção do seu projeto de escola.
"O movimento chegou a conclusão que para implementar um processo de reforma agrária com mais qualidade, onde as famílias possam melhorar a qualidade de vida é preciso elevar a escolarização dos trabalhadores", acredita a integrante do setor de educação, Izabel Grein.
Contra analfabetismo
O MST promove também projetos de alfabetização de jovens e adultos nas áreas de acampamentos e assentamentos em parceria com entidades da reforma agrária, organizações não-governamentais e órgãos estaduais e federais para combater o analfabetismo e garantir que o domínio da leitura e da escrita seja possível para toda a população do campo.
Os principais objetivos dos projetos de alfabetização é transformar os acampamentos e assentamentos em territórios livres do analfabetismo e, para isso, a EJA (Educação de Jovens e Adultos) trabalha com os Sem Terra conteúdos relacionados à realidade rural.
Maria Cristina Vargas, integrante do setor de educação do MST, analisa que a EJA desempenha um papel fundamental porque, além de possibilitar a alfabetização dos lavradores, criou a cultura do estudo no campo. “A EJA começou com o lema ‘sempre é tempo de aprender’, mas o projeto desempenhou um trabalho de educação tão intenso dentro que hoje o lema é ‘todas e todos os sem terra estudando’”.
A alfabetização de jovens, adultos e idosos fomentou a percepção de que todos podem ir além da educação básica e descobrir que são capazes de aprender e ensinar, explica uma das coordenadoras do projeto no Paraná, Vanessa Reichenbach.
Isso se constitui como o primeiro passo do processo educativo, que não acontece apenas na escola, mas em todos os espaços do MST. O desafio é fazer com que o ensino contribua para que os lavradores se apropriem do conhecimento para conseguir aproveitar toda a sua potencialidade e ver o mundo de uma outra forma.
Durante os três anos do projeto Brasil Alfabetizado, realizado em parceria entre entidades da reforma agrária e Ministério da Educação, foram alfabetizando 5500 educandos, além de capacitar 1.820 educadores em acampamentos e assentamentos do MST. O projeto começou em 2003 e atualmente funciona em 23 estados.
Antes disso, a EJA já funcionava em alguns estados com apoio de universidades e secretarias de educação. Até 2002, foram alfabetizados mais de 16 mil trabalhadores do campo em aproximadamente 10 mil turmas.
Os educadores da EJA fazem parte do MST, moram nos assentamentos e acampamentos. A convivência entre educadores e educandos ajuda no aprendizado, uma vez que ambas as partes têm as mesmas referências, desafios e objetivos. Ao longo do trabalho de alfabetização, os trabalhadores rurais perceberam que o grande problema é a ausência de políticas públicas que criem condições para a continuidade dos estudos.
De acordo com Maria Cristina Vargas, o Brasil sempre teve uma política compensatória no campo da educação. “É preciso criar um projeto específico para o campo, que atenda a continuidade da escolarização”, explica.
História
A EJA teve início com a Campanha de Educação de Jovens, Adultos e Idosos, realizada em 1991, no assentamento Conquista da Fronteira em Bagé, no Rio Grande do Sul, com a presença de Paulo Freire (1921-1997),um dos principais pensadores da educação no país e no mundo.
Após um período com experiências fragmentadas, foi firmada uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), que possibilitou o trabalho de alfabetização nas áreas de assentamentos e acampamentos do estado.
Um convênio entre Ministério da Educação e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1996, levou o projeto para 18 estados. Foram formadas 550 turmas e 8000 educandos. Depois o projeto continuou por meio de parcerias entre secretarias de educação e universidades nos estados.
Em 1997, aconteceu o 1ª Encontro Nacional de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária, que reuniu educadores, especialistas e trabalhadores sem-terra para formular um plano de alfabetização no campo. Após o encontro, foi firmado um convênio com universidades, governo federal para a criação do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, que promoveu projetos de alfabetização nos assentamentos e acampamentos.
DADOS SOBRE A EDUCAÇÃO NO MST
- Temos nos assentamentos e acampamentos - em torno de 2 mil escolas públicas (estimativa feita a partir dos dados da PNERA, 2004)
- Destas 2.000 escolas, apenas 250 vão até o Ensino Fundamental completo e são 50 até o Ensino Médio. As demais, são até a 4a série.
- Atuam nessas escolas 10.000 professoras(es)
- Estudantes no MST beiram 300.000 pessoas, incluindo da Educação Infantil até a universidade, passando pela EJA, cursos profissionalizantes. OBS.: muitos estudam fora dos assentamentos, em escolas da cidade, especialmente de 5a a 8a série e mais ainda no Ensino Médio. Não temos dados concretos sobre isso.
- Temos parcerias com pelo menos 50 Instituições de Ensino, entre Universidades, Escolas Agrotécnicas. Somando aproximadamente 100 turmas de cursos formais, num total de mais ou menos 4.000 estudantes jovens e adultos.

Educação Indígena

Os professores indígenas já são maioria nas aldeias brasileiras. Mas ainda falta formação para garantir aos alunos a Educação bilíngue e intercultural que merecem. A Educação Indígena no Brasil é uma modalidade recente perante a lei.
O Ministério da Educação (MEC) homologou, na última quarta-feira (13), diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental e para a educação indígena. A assinatura dos documentos foi realizada pelo ministro Aloizio Mercadante na abertura oficial do Encontro de Juventude e Educação para a Sustentabilidade Socioambiental, uma das participações do MEC na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. As diretrizes foram aprovadas pelo CNE, após diálogo com os sistemas de ensino, sociedade civil e diferentes instâncias governamentais. No caso da educação indígena, por exemplo, foi definido que os projetos educativos devem afirmar as identidades étnicas e valorizar as línguas e conhecimentos dos povos indígenas. “Essas diretrizes orientarão as políticas pedagógicas da educação infantil à universidade, porque o que vale mesmo é quando as práticas chegam à sala de aula”, afirmou o ministro. No Encontro, o ministro Mercadante e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, lançaram, ainda, a 4ª Conferência Nacional Infanto juvenil pelo Meio Ambiente, cujo tema é Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis. O MEC pretende, em pouco mais de um ano, envolver 13 mil escolas da educação básica - inclusive as de áreas indígenas, quilombolas e de assentamentos rurais - e quatro milhões de estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental para discutir e aprender sobre questões ambientais. Na abertura do Encontro foi apresentado um vídeo que mostra exemplos de atuação das Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola, as chamadas Com-Vidas - que são formadas por alunos, professores, diretores e membros da comunidade e têm o objetivo de fomentar o debate sobre os problemas socioambientais presentes no entorno da escola. As comissões também abordam na escola e na comunidade outros temas relevantes, como a violência, a acessibilidade e os direitos humanos. Atualmente, cerca de cinco mil escolas públicas em todo o Brasil têm Comissões.

Referências: 
http://www.brasil.gov.br/educacao/2012/06/assinadas-diretrizes-curriculares-para-educacao-ambiental-e-indigena-no-pais

CEEBEJA



Referências: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=lZxyACmF27g