terça-feira, 15 de outubro de 2013

Educação na Prisão

Embora a prisão seja apontada como espaço de reeducação e ressocialização do homem privado de liberdade, ao construir uma experiência no exercício autoritário do poder e da dominação, ela acaba por constituir-se, em uma organização cujas relações se socializam na delinquência.
Entre o discurso oficial e o modo de vida pelas práticas de ressocialização próprias da prisão embora se pretenda a humanização do tratamento, incluindo-se neste a educação escolar, as técnicas adotadas põem à mostra seu lado reverso. Os professores participantes da pesquisa, um estudo de caso, que se desenvolveu em presídio masculino, do interior do estado de São Paulo/Br., mostram ter clareza de que a meta da reabilitação tem permanecido, no nível verbal, e evidenciam através de suas falas, que o elemento fundamental da eficácia de seu papel reside no processo de resgate da liberdade, e a escola é uma das instituições que melhor cumpre a tarefa de oferecer possibilidades que libertam e unem, ao mesmo tempo. 
Embora o quadro que se apresenta não seja alentador, dada à falta de transparência das organizações penitenciárias, entre o discurso oficial e o modo de vida instaurado no espaço prisional que dificultam possíveis melhorias, alguns passos podem ser dados, visto que muitos dos problemas existentes no interior da escola das unidades prisionais têm semelhanças com os de outros espaços escolares.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sareh




O serviço ocorre em hospitais que atende estudantes de escolas municipais e estaduais temporariamente internados por causa de doenças ou acidentes. As aulas também podem dadas na casa do aluno, em tratamento de saúde. Três professores e um pedagogo estão disponíveis para cada entidade conveniada, que cede um espaço pedagógico para as aulas. “O convênio dá oportunidade de os alunos continuarem com as aulas e com o vínculo com a escola”, explicou a diretora do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Walquiria Onete Gomes. Ela afirma que o Sareh contribui para a melhoria clínica do paciente, porque estabelece um projeto de vida além da doença. AMPLIAÇÃO – Em três anos, a Secretaria da Educação ampliou o número de alunos beneficiados com o serviço. Entre 2007 e 2010, foram feitos mais de 40 mil atendimentos em hospitais e 20 professores atendiam nas casas dos alunos. Somente no ano passado foram quase 30 mil atendimentos e perto de 600 professores ensinaram alunos em casa. “A atual política estadual está sensibilizada para a oferta desse serviço, uma vez que passamos de oito convênios, entre 2007 e 2012, para atuais 17 convênios”, ressaltou Walquiria Gomes.


 Referências: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=75446

MST

Educação: Uma bandeira histórica do MST
Desde a 1984, além das ocupações de terra e marchas para pressionar pela reforma agrária no país, o MST luta pelo acesso à educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis para a população do campo. Em toda a sua história, foram conquistadas aproximadamente 2 mil escolas públicas nos acampamentos e assentamentos em todo país, abrindo as portas do conhecimento para 160 mil crianças e adolescentes Sem Terra.
Também foram formados mais de 4 mil professores.Nos últimos anos, foi desencadeado um trabalho de alfabetização de jovens e adultos, que envolve a cada ano 2 mil educadores e mais de 28 mil educandos. Mais de 50 mil pessoas já aprenderam a ler e escrever no MST, que defende que a escola esteja onde o povo está e, conseqüentemente, os camponeses têm o direito e o dever de participar da construção do seu projeto de escola.
"O movimento chegou a conclusão que para implementar um processo de reforma agrária com mais qualidade, onde as famílias possam melhorar a qualidade de vida é preciso elevar a escolarização dos trabalhadores", acredita a integrante do setor de educação, Izabel Grein.
Contra analfabetismo
O MST promove também projetos de alfabetização de jovens e adultos nas áreas de acampamentos e assentamentos em parceria com entidades da reforma agrária, organizações não-governamentais e órgãos estaduais e federais para combater o analfabetismo e garantir que o domínio da leitura e da escrita seja possível para toda a população do campo.
Os principais objetivos dos projetos de alfabetização é transformar os acampamentos e assentamentos em territórios livres do analfabetismo e, para isso, a EJA (Educação de Jovens e Adultos) trabalha com os Sem Terra conteúdos relacionados à realidade rural.
Maria Cristina Vargas, integrante do setor de educação do MST, analisa que a EJA desempenha um papel fundamental porque, além de possibilitar a alfabetização dos lavradores, criou a cultura do estudo no campo. “A EJA começou com o lema ‘sempre é tempo de aprender’, mas o projeto desempenhou um trabalho de educação tão intenso dentro que hoje o lema é ‘todas e todos os sem terra estudando’”.
A alfabetização de jovens, adultos e idosos fomentou a percepção de que todos podem ir além da educação básica e descobrir que são capazes de aprender e ensinar, explica uma das coordenadoras do projeto no Paraná, Vanessa Reichenbach.
Isso se constitui como o primeiro passo do processo educativo, que não acontece apenas na escola, mas em todos os espaços do MST. O desafio é fazer com que o ensino contribua para que os lavradores se apropriem do conhecimento para conseguir aproveitar toda a sua potencialidade e ver o mundo de uma outra forma.
Durante os três anos do projeto Brasil Alfabetizado, realizado em parceria entre entidades da reforma agrária e Ministério da Educação, foram alfabetizando 5500 educandos, além de capacitar 1.820 educadores em acampamentos e assentamentos do MST. O projeto começou em 2003 e atualmente funciona em 23 estados.
Antes disso, a EJA já funcionava em alguns estados com apoio de universidades e secretarias de educação. Até 2002, foram alfabetizados mais de 16 mil trabalhadores do campo em aproximadamente 10 mil turmas.
Os educadores da EJA fazem parte do MST, moram nos assentamentos e acampamentos. A convivência entre educadores e educandos ajuda no aprendizado, uma vez que ambas as partes têm as mesmas referências, desafios e objetivos. Ao longo do trabalho de alfabetização, os trabalhadores rurais perceberam que o grande problema é a ausência de políticas públicas que criem condições para a continuidade dos estudos.
De acordo com Maria Cristina Vargas, o Brasil sempre teve uma política compensatória no campo da educação. “É preciso criar um projeto específico para o campo, que atenda a continuidade da escolarização”, explica.
História
A EJA teve início com a Campanha de Educação de Jovens, Adultos e Idosos, realizada em 1991, no assentamento Conquista da Fronteira em Bagé, no Rio Grande do Sul, com a presença de Paulo Freire (1921-1997),um dos principais pensadores da educação no país e no mundo.
Após um período com experiências fragmentadas, foi firmada uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), que possibilitou o trabalho de alfabetização nas áreas de assentamentos e acampamentos do estado.
Um convênio entre Ministério da Educação e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1996, levou o projeto para 18 estados. Foram formadas 550 turmas e 8000 educandos. Depois o projeto continuou por meio de parcerias entre secretarias de educação e universidades nos estados.
Em 1997, aconteceu o 1ª Encontro Nacional de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária, que reuniu educadores, especialistas e trabalhadores sem-terra para formular um plano de alfabetização no campo. Após o encontro, foi firmado um convênio com universidades, governo federal para a criação do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, que promoveu projetos de alfabetização nos assentamentos e acampamentos.
DADOS SOBRE A EDUCAÇÃO NO MST
- Temos nos assentamentos e acampamentos - em torno de 2 mil escolas públicas (estimativa feita a partir dos dados da PNERA, 2004)
- Destas 2.000 escolas, apenas 250 vão até o Ensino Fundamental completo e são 50 até o Ensino Médio. As demais, são até a 4a série.
- Atuam nessas escolas 10.000 professoras(es)
- Estudantes no MST beiram 300.000 pessoas, incluindo da Educação Infantil até a universidade, passando pela EJA, cursos profissionalizantes. OBS.: muitos estudam fora dos assentamentos, em escolas da cidade, especialmente de 5a a 8a série e mais ainda no Ensino Médio. Não temos dados concretos sobre isso.
- Temos parcerias com pelo menos 50 Instituições de Ensino, entre Universidades, Escolas Agrotécnicas. Somando aproximadamente 100 turmas de cursos formais, num total de mais ou menos 4.000 estudantes jovens e adultos.

Educação Indígena

Os professores indígenas já são maioria nas aldeias brasileiras. Mas ainda falta formação para garantir aos alunos a Educação bilíngue e intercultural que merecem. A Educação Indígena no Brasil é uma modalidade recente perante a lei.
O Ministério da Educação (MEC) homologou, na última quarta-feira (13), diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental e para a educação indígena. A assinatura dos documentos foi realizada pelo ministro Aloizio Mercadante na abertura oficial do Encontro de Juventude e Educação para a Sustentabilidade Socioambiental, uma das participações do MEC na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. As diretrizes foram aprovadas pelo CNE, após diálogo com os sistemas de ensino, sociedade civil e diferentes instâncias governamentais. No caso da educação indígena, por exemplo, foi definido que os projetos educativos devem afirmar as identidades étnicas e valorizar as línguas e conhecimentos dos povos indígenas. “Essas diretrizes orientarão as políticas pedagógicas da educação infantil à universidade, porque o que vale mesmo é quando as práticas chegam à sala de aula”, afirmou o ministro. No Encontro, o ministro Mercadante e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, lançaram, ainda, a 4ª Conferência Nacional Infanto juvenil pelo Meio Ambiente, cujo tema é Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis. O MEC pretende, em pouco mais de um ano, envolver 13 mil escolas da educação básica - inclusive as de áreas indígenas, quilombolas e de assentamentos rurais - e quatro milhões de estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental para discutir e aprender sobre questões ambientais. Na abertura do Encontro foi apresentado um vídeo que mostra exemplos de atuação das Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola, as chamadas Com-Vidas - que são formadas por alunos, professores, diretores e membros da comunidade e têm o objetivo de fomentar o debate sobre os problemas socioambientais presentes no entorno da escola. As comissões também abordam na escola e na comunidade outros temas relevantes, como a violência, a acessibilidade e os direitos humanos. Atualmente, cerca de cinco mil escolas públicas em todo o Brasil têm Comissões.

Referências: 
http://www.brasil.gov.br/educacao/2012/06/assinadas-diretrizes-curriculares-para-educacao-ambiental-e-indigena-no-pais

CEEBEJA



Referências: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=lZxyACmF27g